quarta-feira, 28 de abril de 2010

Que coisa mais feia para se sentir!

"Inveja é fome que enjoa.
É cama que tira o sono.
Magra cadela raivosa,
que morde no próprio dono!"


Durante muitos anos, cruzei-me com esta quadra, colocada na parede da casa de uma vizinha.
Nunca lhe achei grande piada e duvido muito que a tivesse percebido completamente.
Mas com a idade, veio a mudança de casa, de estado civil, de prioridades, ... de uma série de coisas que me abriram os olhos.
De facto, aquela quadra escrita a azul num azulejo branco com uma moldura a imitar o dourado, fazia algum sentido.
Mas a verdade é que é um elogio a um sentimento muito feio, mesquinho e baixo.
Um sentimento que prolifera que nem ervas daninhas e que compromete o mais nobre dos nobres - sim, que o Povo diz, e com razão, que no melhor pano cai a nódoa!
E como ultimamente me tem sido chamada a atenção para alguns representantes desta emoção menos 'limpa', não queria deixar de recordar o azulejo da casa da Senhora Maria.
Se ela o colocou na parede, ela lá sabia porquê!
; )

sexta-feira, 23 de abril de 2010

22 de Abril - uma data memorável


Se em 1500 Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1952 Portugal recebia aquele que seria, uns anos mais tarde o Homem mais importante da minha vida.
Aquele que carinhosamente critica e criticamente ensina para me ajudar a ser melhor.
Aquele que acelera o meu metabolismo lento, enquanto desacelera a minha aceleração mental.
Um ser humano fantástico, uma mente brilhante ... enfim, o meu Papá!
PARABÉNS, Pai, por mais um aniversário!
Venham de lá novos desafios para os domares e ultrapassares! ; )

quarta-feira, 14 de abril de 2010

: /

Mas é que estou mesmo!
Há quem não acredite que eu sou capaz de estados menos positivos, mas como ser humano que sou, também os tenho.
E nos últimos dias tenho andado assim.
Por mais que trabalho, o trabalho nunca mais abranda.
Por mais que limpe, a casa nunca mais está como eu quero.
Por mais que planeie, os imprevistos teimam em aparecer.
Começo a ficar verdadeiramente cansada.
E, portanto, decidi afirmá-lo da melhor forma possível - recorrendo a estas coisinhas verdes irritantes, mas eloquentes.

Tenho dito!

domingo, 11 de abril de 2010

Homo Jorjus


Isto de ter um blog acarreta algumas responsabilidades. Por isso mesmo, hoje decidi que a minha entrada seria um pouco mais …’científica’.

Assim, escolho falar-vos de uma espécie rara, mas especial que merece toda a minha admiração: o HOMO JORJUS.

Trata-se de uma espécie originária da zona Norte do País do Concelho berço da nossa nação.

A espécie está em constante desenvolvimento e tem apresentado mostras evidentes de crescimento.
Nos seus primórdios, detinha uma cega fé na raça humana, ao ponto de dar gorjeta aos arrumadores e aguardar que eles trouxessem troco. Mas estávamos na época do escudo, pelo que já lá vão muitos anos – físicos e psicológicos.

Neste momento, deu-se um óbvio crescimento psicossocial, ao ponto de haver uma maior abertura mental e cultural que soma experiências em bares e eventos frequentados por indivíduos com tipos de vida alternativos – nos quais, se diga há uma perfeita integração, exactamente pelo já referido salto evolutivo. A bandeira com o arco-íris deixou de assustar e passou a ser sinónimo de contactos originais.

Profissionalmente, esse aperfeiçoamento também se nota, pela forma semi-maquiavélica como consegue controlar tudo e todos, sem que os outros se apercebam. O truque está em ser indispensável e dar às pessoas aquilo que elas querem – mesmo que elas ainda não saibam que o querem. Este facto evidencia que se trata de uma espécie bastante desenvolvida em termos mentais – ainda mais do que ela própria saberia.

Com o passar dos anos, e como em todas as raças, a necessidade de perpetuar a espécie falou bem alto e o Homo Jorjus entregou-se, de corpo e alma, à sua descendência. Pai dedicado e empenhado, faz todo o tipo de sacrifícios pelas suas crias e sempre com um sorriso nos lábios – mesmo que isso implique ter de recorrer a contactos na Tailândia ou terras afins. O cansaço de tal dedicação, por vezes, leva a atitudes irreflectidas (como ir buscar uma cria à escola, sair com ela e depois ir colocá-la na dita instituição de novo para voltar a ir buscá-la de seguida), mas esse desligar cognitivo está intimamente ligado às noites menos bem dormidas.

Há pouco tempo, foi promovido um convívio onde o Homo Jorjus esqueceu que a idade também pesa nas espécies especiais e para que o conteúdo de copo algum fosse desperdiçado, houve uma ingestão em demasia de um certo néctar, cuja consequência pesada passou pelo cancelar de um churrasco. Mas só porque o fígado estragou o serão, não significa que não virão mais eventos agradáveis.

Uma curiosidade desta espécie é que apesar de apenas ter tomado conhecimento dela há pouco tempo, não deu para evitar que ela entrasse na vida da nossa família pelo tapete vermelho. É que pessoas boas há poucas e quando as vemos não devemos desperdiçar a oportunidade de as ter na nossa vida – ainda para mais quando se trata de uma espécie especial ao ponto de merecer um artigo em sua honra.