domingo, 11 de abril de 2010

Homo Jorjus


Isto de ter um blog acarreta algumas responsabilidades. Por isso mesmo, hoje decidi que a minha entrada seria um pouco mais …’científica’.

Assim, escolho falar-vos de uma espécie rara, mas especial que merece toda a minha admiração: o HOMO JORJUS.

Trata-se de uma espécie originária da zona Norte do País do Concelho berço da nossa nação.

A espécie está em constante desenvolvimento e tem apresentado mostras evidentes de crescimento.
Nos seus primórdios, detinha uma cega fé na raça humana, ao ponto de dar gorjeta aos arrumadores e aguardar que eles trouxessem troco. Mas estávamos na época do escudo, pelo que já lá vão muitos anos – físicos e psicológicos.

Neste momento, deu-se um óbvio crescimento psicossocial, ao ponto de haver uma maior abertura mental e cultural que soma experiências em bares e eventos frequentados por indivíduos com tipos de vida alternativos – nos quais, se diga há uma perfeita integração, exactamente pelo já referido salto evolutivo. A bandeira com o arco-íris deixou de assustar e passou a ser sinónimo de contactos originais.

Profissionalmente, esse aperfeiçoamento também se nota, pela forma semi-maquiavélica como consegue controlar tudo e todos, sem que os outros se apercebam. O truque está em ser indispensável e dar às pessoas aquilo que elas querem – mesmo que elas ainda não saibam que o querem. Este facto evidencia que se trata de uma espécie bastante desenvolvida em termos mentais – ainda mais do que ela própria saberia.

Com o passar dos anos, e como em todas as raças, a necessidade de perpetuar a espécie falou bem alto e o Homo Jorjus entregou-se, de corpo e alma, à sua descendência. Pai dedicado e empenhado, faz todo o tipo de sacrifícios pelas suas crias e sempre com um sorriso nos lábios – mesmo que isso implique ter de recorrer a contactos na Tailândia ou terras afins. O cansaço de tal dedicação, por vezes, leva a atitudes irreflectidas (como ir buscar uma cria à escola, sair com ela e depois ir colocá-la na dita instituição de novo para voltar a ir buscá-la de seguida), mas esse desligar cognitivo está intimamente ligado às noites menos bem dormidas.

Há pouco tempo, foi promovido um convívio onde o Homo Jorjus esqueceu que a idade também pesa nas espécies especiais e para que o conteúdo de copo algum fosse desperdiçado, houve uma ingestão em demasia de um certo néctar, cuja consequência pesada passou pelo cancelar de um churrasco. Mas só porque o fígado estragou o serão, não significa que não virão mais eventos agradáveis.

Uma curiosidade desta espécie é que apesar de apenas ter tomado conhecimento dela há pouco tempo, não deu para evitar que ela entrasse na vida da nossa família pelo tapete vermelho. É que pessoas boas há poucas e quando as vemos não devemos desperdiçar a oportunidade de as ter na nossa vida – ainda para mais quando se trata de uma espécie especial ao ponto de merecer um artigo em sua honra.

2 comentários:

  1. Mas onde pára o belo exemplar dessa espécie especial?!? É que sou senhora para me atirar a ele descaradamente e pedi-lo logo em casamento!

    Espero que o meu marido não leia isto...

    :0)

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  2. Eu prometo que não conto nada a ninguém!
    ; )

    Beijoca de quem pede desculpa pelo tanto que ainda ficou por dizer!

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