quinta-feira, 11 de novembro de 2010

11/11/2010



Hoje todos celebram o S.Martinho.

Comem-se castanhas, há magustos pelas escolas, anda tudo mais animado.

... menos eu!

Sinto a tua falta!
Muito!
Mais do que eu mesma esperava!

Eu sei que estivesses por cá era possível também não estar contigo - mas pelo menos não haveria um Oceano no meio de nós.
É aquela coisa de saber que há disponibilidade, mesmo que dela não usufruas.

E hoje ... de todos os dias ... hoje, a saudade aperta mais.
Ao ponto de ter de vir aqui desabafar.
É que eu gosto mesmo muito de ti - e queria deixá-lo devidamente afirmado e confirmado neste Universo virtual que é a rede global.
Sim, porque no mundo real ... já todos sabem.

E tu também, certo?

Um beijo - espero que o sintas aí onde estás com um pedacinho de mim!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ando ausente...


... mas não ando completamente desaparecida!


5 beijocas azuis e bem humoradas - ainda que exaustas!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Isto é mesmo uma aldeia...

... mas não a trocava por nada deste Mundo!

Uma rede social permitiu-me o reencontro com alguém que conheci aos 7 anos e com quem convivi de perto até cerca dos 13/14. Depois, a vida encarregou-se de começar a complicar-se e acabamos por não ter um contacto tão frequente como outrora. No entanto, no meu imaginário, tratava-se de alguém que me merecia carinho e admiração e que rotulei de ‘fadado para ser bem sucedido’.

Quis, então, o nosso percurso profissional que as nossas agendas se conjugassem finalmente e eis que descobrimos contactos em comum e uma proximidade engraçada que nos leva a questionar como é que ainda não nos tínhamos cruzado antes.


Que bom foi o reencontro!

E que bom foi confirmar que o meu rótulo estava certo.

É como te disse, João: esta nossa Invicta metrópole é mesmo uma aldeia; mas eu não a troco!


; )

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Hoje não é um dia bom!

Sinto-me vazia.
Como se tivesse sido arrancada de mim a minha essência.
Aquilo que faz deste cárcere corpóreo eu!

Dói!

Aperta!
Sufoca por dentro!
Apetece-me gritar!
Muito!
E muito alto!

Mas ao mesmo tempo, só me apetece deitar-me e ficar quieta.
Sem mexer.
Sem sentir!

Dói!

... qué colinho!

: (

Não - decididamente, hoje não é um dia bom!

sábado, 4 de setembro de 2010

Não posso crer!



Já sou a irmã mais velha de alguém há 30 anos!


E não é de um qualquer alguém: é de uma mulher maravilhosa, ainda que crítica; doce, ainda que analítica; excelente filha (admitam-no, Pai&Mãe!), paciente neta, santa Tia e fabulosa cunhada.
Isto sem entrar no domínio profissional onde os elogios ainda mais seriam!



Sim, é verdade: há 30 anos saí para comprar pão e quando cheguei a casa foi-me dito que a Mamã tinha de ir ao Hospital.


Lembro-me de ter sido castigada por não ter cumprido com o que me tinha sido dito por causa do telefone, de adorar o berço onde estava o bebé no hospital e de ter tentado oferecer a fruta que mais me agradava ao mesmo bebé quando ele chegou a casa.


Mas do que mais me lembro é de que aquele ser pequenino foi o ‘meu’ primeiro bebé e que desde que ele chegou a casa a minha vida mudou.



Bom, 30 anos passados, sei que já desiludi muito (e ainda o vou fazer mais vezes!) a minha Mana, mas gostava de me concentrar nos aspectos bons e dizer que:


Mana, apesar de não ter havido a adopção de que falavas em pequenina, gosto MESMO MUITO DE TI!



Um beijo de uma irmã babada e fã número 1!

domingo, 29 de agosto de 2010

É tempo de ...


...parar.
É tempo de não adiar.
É tempo de admitir.
É duro chegar a certas conclusões, mas necessário fazê-lo.
Só assim se pode iniciar o processo de cura.
E o regresso - o MEU regresso!

Quando estamos perdidos, devemos dar graças pelas nossas bençãos e não lamentar as perdas.

É mais fácil de dizer/escrever, do que fazer, não?


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Adeus, Grande Mestre!

Neste dia triste, queria agradecer-lhe as muitas horas de evasão que as suas obras me permitiram.

Até sempre!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Escolhas!

http://www.youtube.com/watch?v=vlELGeAMToE&feature=player_embedded!

São 4 minutos.

Apenas 4 minutos.

E fazem grandes mudanças, se os soubermos ver bem.

Sempre ouvi dizer que com o mal dos outros podemos nós bem. Mas há quem tenha mais direito a dizer algo desse género e escolha não o fazer.

As escolhas são assim mesmo: uma opção que devemos fazer de forma ponderada porque vai determinar tudo.

Algo se parte: posso escolher reagir mal e disparatar ou reagir bem e dizer que foi um acidente. Há que escolher um caminho: o dia um dia amargurado ou o dia de um dia normal.

Por isso, numa fase de alterações internas, escolho partilhar este vídeo com todos - acho mesmo que vale a pena!

; )

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Que coisa mais feia para se sentir!

"Inveja é fome que enjoa.
É cama que tira o sono.
Magra cadela raivosa,
que morde no próprio dono!"


Durante muitos anos, cruzei-me com esta quadra, colocada na parede da casa de uma vizinha.
Nunca lhe achei grande piada e duvido muito que a tivesse percebido completamente.
Mas com a idade, veio a mudança de casa, de estado civil, de prioridades, ... de uma série de coisas que me abriram os olhos.
De facto, aquela quadra escrita a azul num azulejo branco com uma moldura a imitar o dourado, fazia algum sentido.
Mas a verdade é que é um elogio a um sentimento muito feio, mesquinho e baixo.
Um sentimento que prolifera que nem ervas daninhas e que compromete o mais nobre dos nobres - sim, que o Povo diz, e com razão, que no melhor pano cai a nódoa!
E como ultimamente me tem sido chamada a atenção para alguns representantes desta emoção menos 'limpa', não queria deixar de recordar o azulejo da casa da Senhora Maria.
Se ela o colocou na parede, ela lá sabia porquê!
; )

sexta-feira, 23 de abril de 2010

22 de Abril - uma data memorável


Se em 1500 Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1952 Portugal recebia aquele que seria, uns anos mais tarde o Homem mais importante da minha vida.
Aquele que carinhosamente critica e criticamente ensina para me ajudar a ser melhor.
Aquele que acelera o meu metabolismo lento, enquanto desacelera a minha aceleração mental.
Um ser humano fantástico, uma mente brilhante ... enfim, o meu Papá!
PARABÉNS, Pai, por mais um aniversário!
Venham de lá novos desafios para os domares e ultrapassares! ; )

quarta-feira, 14 de abril de 2010

: /

Mas é que estou mesmo!
Há quem não acredite que eu sou capaz de estados menos positivos, mas como ser humano que sou, também os tenho.
E nos últimos dias tenho andado assim.
Por mais que trabalho, o trabalho nunca mais abranda.
Por mais que limpe, a casa nunca mais está como eu quero.
Por mais que planeie, os imprevistos teimam em aparecer.
Começo a ficar verdadeiramente cansada.
E, portanto, decidi afirmá-lo da melhor forma possível - recorrendo a estas coisinhas verdes irritantes, mas eloquentes.

Tenho dito!

domingo, 11 de abril de 2010

Homo Jorjus


Isto de ter um blog acarreta algumas responsabilidades. Por isso mesmo, hoje decidi que a minha entrada seria um pouco mais …’científica’.

Assim, escolho falar-vos de uma espécie rara, mas especial que merece toda a minha admiração: o HOMO JORJUS.

Trata-se de uma espécie originária da zona Norte do País do Concelho berço da nossa nação.

A espécie está em constante desenvolvimento e tem apresentado mostras evidentes de crescimento.
Nos seus primórdios, detinha uma cega fé na raça humana, ao ponto de dar gorjeta aos arrumadores e aguardar que eles trouxessem troco. Mas estávamos na época do escudo, pelo que já lá vão muitos anos – físicos e psicológicos.

Neste momento, deu-se um óbvio crescimento psicossocial, ao ponto de haver uma maior abertura mental e cultural que soma experiências em bares e eventos frequentados por indivíduos com tipos de vida alternativos – nos quais, se diga há uma perfeita integração, exactamente pelo já referido salto evolutivo. A bandeira com o arco-íris deixou de assustar e passou a ser sinónimo de contactos originais.

Profissionalmente, esse aperfeiçoamento também se nota, pela forma semi-maquiavélica como consegue controlar tudo e todos, sem que os outros se apercebam. O truque está em ser indispensável e dar às pessoas aquilo que elas querem – mesmo que elas ainda não saibam que o querem. Este facto evidencia que se trata de uma espécie bastante desenvolvida em termos mentais – ainda mais do que ela própria saberia.

Com o passar dos anos, e como em todas as raças, a necessidade de perpetuar a espécie falou bem alto e o Homo Jorjus entregou-se, de corpo e alma, à sua descendência. Pai dedicado e empenhado, faz todo o tipo de sacrifícios pelas suas crias e sempre com um sorriso nos lábios – mesmo que isso implique ter de recorrer a contactos na Tailândia ou terras afins. O cansaço de tal dedicação, por vezes, leva a atitudes irreflectidas (como ir buscar uma cria à escola, sair com ela e depois ir colocá-la na dita instituição de novo para voltar a ir buscá-la de seguida), mas esse desligar cognitivo está intimamente ligado às noites menos bem dormidas.

Há pouco tempo, foi promovido um convívio onde o Homo Jorjus esqueceu que a idade também pesa nas espécies especiais e para que o conteúdo de copo algum fosse desperdiçado, houve uma ingestão em demasia de um certo néctar, cuja consequência pesada passou pelo cancelar de um churrasco. Mas só porque o fígado estragou o serão, não significa que não virão mais eventos agradáveis.

Uma curiosidade desta espécie é que apesar de apenas ter tomado conhecimento dela há pouco tempo, não deu para evitar que ela entrasse na vida da nossa família pelo tapete vermelho. É que pessoas boas há poucas e quando as vemos não devemos desperdiçar a oportunidade de as ter na nossa vida – ainda para mais quando se trata de uma espécie especial ao ponto de merecer um artigo em sua honra.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Não tenho palavras!

É com a alma verdadeiramente em frangalhos que venho aqui desabafar.
Ouvi hoje falar em mais uma câmara oculta colocada pelos Pais de uma criança que apanhou a ama a fazer mil e uma maldades à criança.
Mas não tinha visto imagem alguma.
Contudo, caí na asneira de procurar imagens dos noticiários do dia de hoje e acabei por ver o extracto.
E fiquei sem palavras.!
Nenhum ser humano merece ser tratado desta vil forma; mas um bebé? De tão tenra idade?!
Que raio de Mundo é este em que uma profissional da área faz tamanha atrocidade a um ser pequenino que ainda não conhece, sequer, o conceito de maldade?
Sim, é duro e cansa tomar conta de uma criança e é precisa uma dose extra de paciência. Quem não é o Pai ou a Mãe que já precisou de 5 minutos para ir à casa de banho ou para beber água ou atender uma chamada e nem sequer um segundo teve? Todos! Mas ser Pai/Mãe também é isso: é passar tudo para segundo plano quando está em cena um filho.
Pobres destes Pais que iam trabalhar e confiavam que o filho estava seguro.
Tenho de confessar que, se fosse comigo, depois de ver estas imagens era possível que a família começasse a fazer refeições em Custóias. Mas que não me ficaria, não.
A criança das imagens não é minha; não a conheço, nem a conhecerei jamais.
Mas depois de ver isto, chorei de raiva por a não ter podido abraçar quando aquela ... (segue-se uma enxurrada de nomes impróprios) a agrediu.
Resta-me ter esperança que estas situações diminuam, que os perpetuadores de tais ruindades sejam devidamente punidos e que Álguém olhe sempre por estes pequenos Anjos que não fazem mal a ninguém e mereciam ser felizes.

Aqui fica uma opinião triste de uma Mãe em desalento pelo estado das coisas!

domingo, 21 de março de 2010

Quando fãs viram Ídolos e Ídolos viram idolatradores!

No dia em que a Primavera 2010 começou, estávamos em Viseu a visitar uns bons amigos que temos a sorte de lá ter - gente boa, genuína, lutadora e merecedora de tudo de bom com que a vida os decida brindar.
E estávamos com os nossos queridos amigos Luís e Sofia, companhia permanente nestas nossas incursões por Portugal adentro.
Pois bem, ao pequeno-almoço, a Sofia pega nos meus dois filhos e zarpa rumo ao Filipe, vencedor da última edição dos Ídolos Portugueses e mete conversa com ele e com a namorada. Ambos se renderam aos meus dois tesouros, o que, modéstia à-parte, é perfeitamente compreensível!
; )
Não contente, a mesma Sofia, pouso depois, ruma em direcção à Carolina, concorrente da Maia, que se encantou com os miúdos e até pediu que lhe tirássemos fotos com o telemóvel dela!
Sui generis?! Sim! Afinal de contas, nós não pedimos autógrafos nem fotografias; apenas era intençao congratulá-los pelo valor deles!
Mas foi, sem dúvida, uma experiência memorável.
E de confirmação: é que se o Filipe, além de muito alto, é tão ou ainda mais humilde ao vivo, a Carolina é extrovertida e divertida. Ambos foram bons motivos para ficarmos 'grudados' à televisão ao Domingo à noite e ainda são boas razãoes para, em situações destas, eu permitir que a Sofia faça um brilharete com os meus miúdos.
Só espero que nenhum deles se 'perca' e que ambos continuem verdadeiros a si mesmos.
E, quando eles quiserem matar saudades dos seus dois mais recentes e novos amiguinhos, basta avisarem ... a Sofia, claro!
; )
Uma Mãe tremendamente babada!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sim, há muitas coisas que me incomodam!


A incompetência incomoda-me.
A estupidez humana incomoda-me.
A ignorância incomoda-me.
A falta de vontade de melhorar incomoda-me.
O comodismo incomoda-me.
O resignar da mediocridade incomoda-me.
A incapacidade para corrigir o que obviamente está errado incomoda-me.
A falta de validade em termos humanos incomoda-me.
O egoísmo incomoda-me.
Assim à primeira vista sei que assusto muitas pessoas ao admitir que há tantas coisas que me incomodam.
Mas a verdade é que, quantos mais anos passam, melhor pessoas, penso, temos de ser. E ainda que admita os meus milhares de defeitos, eu vou tentando mudar os mais graves na esperança de dar um bom exemplo a quem me interessa influenciar.
Por isso, quando sou mal atendida pessoalmente ou ao telefone; quando vejo pessoas a trabalhar ao público de trombas (perdoem-me o vernáculo!); quando levo com a contrariedade de alguém, sem que eu tenha nada a haver com o assunto - apenas tirei a senha da fila errada, está visto!- ... sinto assim uma espécie de calor que começa no estômago e sobe devagarinho até ser uma verdadeira bomba que se materializa em palavras que muitas vezes me valem o seguinte comentário: "Não é portuguesa, pois não? É que os portugueses reclamam menos!".
Pois sou, sim senhora, portuguesa com muito gosto (embora... bem, de nacionalismo falo noutra altura!) e reclamo e faço-me ouvir sempre que acho que é válido, exactamente porque gosto do meu país e me custa ver os seus serviços a retroceder nas mãos de pessoas menos válidas.
Eu já fui das caladinhas. Mas com a idade veio uma verdadeira diarreia veral (peço novamente desculpa pelo vernáculo!) e eu já nem perco tempo a controlá-la. Não há Imodium que me cale!
Porquê esta mensagem hoje?
Porque ontem liguei para uma linha que é, na teoria, de informação e por duas vezes fui mal atendida e, pior que tudo o resto, fui mal informada. Para o tipo de informação prestada, mais valia ter poupado a chamada. E eu que estava cheia de pressa!
E hoje, um serviço de entrega aplica o seu m.o. e por falta de vontade de perder o tempo que têm que dispender para prestarem um bom serviço, me fizeram andar a correr que nem louca, mudar toda uma rotina e aborrecer o meu Pai para que o serviço que deveriam ter prestado com qualidade fosse quase todo feito por mim.
Palavra de honra!
Por isso, não posso calar-me, mesmo que isso leve as pessoas a questionarem a minha nacionalidade.
É que, para ser muito sincera, mas muito sincera mesmo, a incompetência incomoda-me!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Não deixar nada por dizer!


Foi por acreditar nisso mesmo que criei os meus blogs. Porque acho que devemos sempre dizer o que nos vai na alma.

Não posso deixar de citar António Feio, que já agradeceu ao seu pâncreas o tratamento VIP e a grande quantidade de convites que tem recebido ultimamente.
Numa das suas inúmeras entrevistas e aparições, o actor aconselhou as pessoas a aproveitarem a vida e a ajudarem-se umas às outras.

Disse que deveríamos aproveitar cada momento.

E agradecer por cada um deles também.

E que nada deveria ficar por dizer ou fazer.

Pois bem: diariamente agradeço a minha sorte e a saúde e alegria dos que me são mais queridos nesta vida.

Diariamente digo o que me vai na alma - ainda que nem sempre o faça da melhor forma (Desculpa, Mamã! E obrigada pela paciência!)

Tento não deixar nada por fazer e procuro aproveitar a vida ao máximo - dentro dos limites do aceitável e permitido por uma rotina agitada.

Portanto, queria dizer ao caríssimo António Feio que faço o que posso para seguir as palavras dele.

E que diariamente me lembro dele e do exemplo que ele nos dá!

Como retribuir?
Com pensamentos positivos e good vibes - juntos havemos de fazer a força certa!


A todos que me leiam: obrigada por terem passado por aqui.

E não se esqueçam de seguir as dicas simples acima referidas. Sempre com um sorriso nos lábios, claro!


Agora tenho de ir aproveitar mais uns instantes daqueles que dão quentinho no coração quando recordados!
; )

domingo, 7 de março de 2010

It's the end of the world as we know it!


Uma noite de semana.

A rotina desenrolava-se com a devida normalidade.
Até que, por volta da uma hora da manhã, tudo muda.

Um estrondo, um carro a acelerar, uma luz anormal a entrar pela janela.

Tinham acabado de pegar fogo a um carro à porta de nossa casa.

A primeira reacção foi ligar para o 112 – que já sabia da ocorrência.

Seguiu-se a preocupação com os vizinhos e a consequente maçada de lhes tocar à campainha para que eles pudessem ir salvar os veículos deles antes que o fogo os alcançasse.

Entretanto chegam os bombeiros e a polícia e, com o à-vontade de quem passou pelo mesmo na noite anterior, procedem às devidas iniciativas, no sentido de minimizar estragos.
Estoiram os pneus. Parecem tiros.

Um dos carros do lado, cujo vizinho não ouviu o aparato das sirenes, já não tem hipótese e sucumbe ao fogo.

Em pouco tempo tudo fica controlado: os carros são quase todos salvos, outros sofrem danos ligeiros, o fogo é apagado.

Perante o olhar atento dos moradores, a situação é confinada.

Perante o olhar estarrecido dos moradores, nunca mais nada seria o mesmo.

As histórias que se ouvem resultam do susto e dos inúmeros episódios do CSI que todos vêem de quando em vez na televisão: vingança direccionada a alguém, tentativa de esconder alguma coisa, etc, etc, etc.

A verdade é que a Polícia descobriu que tanto este incidente como o anterior resultaram de roubos realizados noutra zona do País. Os resultados desses roubos vieram ser depositados na Maia e o fogo foi a metodologia escolhida para total destruição de eventuais vestígios.

O dia seguinte amanhece. O dono do carro que nada tinha a ver com a situação, mas que o fogo não poupou, sai para ir trabalhar. E quando chega perto do carro que o riria levar deste ponto C(asa) para o ponto T(rabalho), vê um negro e triste espectáculo de cinzas que se sobrepõem.

Já se passaram alguns dias mas os veículos calcinados continuam disponíveis para serem alvos de romaria e fotografias de quem viu a notícia e vem confirmar o que aconteceu.

Os comentários não fogem à regra do ‘dantesco’, ‘que horror’, ‘deve ter sido um susto’. Mas quem viveu in loco a fatídica noite sabe que essas palavras não chegam para descrever o sobressalto: o sossego interrompido, a necessidade de união para ajudar terceiros, a incerteza do combustível que o carro teria e que faria a diferença entre tudo ter acontecido como aconteceu ou ter havia explosões mais fortes … Enfim! Quem estava nesta nossa rua não consegue esquecer os barulhos, os cheiros e o espectáculo visual negro que testemunhou ao vivo e a cores.

Não creio que o sossego volte a esta vizinhança.
De cada vez que, à noite, se ouve um barulho mais incomum ou há um movimento anormal de carros, todos correm à janela.

Os carros deixaram de ser deixados na rua.

As portas e os portões de acesso aos edifícios estão sempre vigiados e fechados.

A segurança deixou de ser algo espectável e passou a ser um esforço conjunto.

Tudo porque algures, alguém decidiu violar a nossa paz.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Afinal...


... ainda por aqui ando.
E continuo a ter muitas coisas a dizer.
Mas estou a tentar descomplicar primeiro.
Assim ficará mais fácil deixar aqui alguns pensamentos.

Prometo voltar em breve - pelo menos tenho já duas mensagens no prelo.

A ver vamos é quando vo-las disponibilizo!
; )





quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Estou tão cansada!


Não há palavras para exprimir o quão estafada me sinto.
Dói-me a cabeça.
Dói-me as costas
Dói-me um braço.
… Dói-me a alma.
Sinto-me mesmo derreada!
Adorava poder deitar-me e dormir… eu sei lá… dois dias inteiros. Ou três!
Mas não pode ser. E do cansaço há que fazer força para aguentar mais um dia, mais uma semana, mais um mês.
O que vale é que, no meio da rotina atarefada e que nem tempo para um espirro não programado deixa, há episódios, momentos, instantes que nos aquecem o coração e dão alento para seguir em frente.
Mas que estou estafada, estou.
E sinto falta desses episódios, momentos e instantes, também.
Ou muito me engano ou isso também se nota aqui, pois não consigo transpor para este meu espaço aquilo que me vai na alma neste momento, tal como me havia proposto fazer.
Talvez o melhor seja não o fazer. Pelo menos não hoje.
É que estou mesmo esgotada!
O melhor será ir descansar os olhinhos um bocadinho – enquanto mo permitem! – para ver se amanhã tenho mais inspiração.
É isso!
Eu volto já!
Só vou ali … e …. já venho!... zzzzz

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Uma questão de areia!


Eu não quero ser purista, nem parecer limitada, mas está em cena uma expressão que é do meu profundo desagrado: "esta não é a tua praia" (também usada, por vezes, na versão afirmativa).
Mas que raio!
Tanta forma de dizer que algo não é do agrado de alguém, ou que se trata de uma situação que não vai de encontro ao gosto de uma pessoa ou na qual a dita pessoa não se sente confortável e tudo anda a optar pela questão da posse de areia.
Francamente!
...começo a achar que quem tem razão são os miúdos que fazem uso de frases e expressões muito mais caricatas quando experimentam o seu idioma e, mesmo assim, não soam tão idiotas como alguns adultos armados em espertos.
Pois bem, não é a minha praia, porque eu não tenho uma. Tenho muitas coisas, mas uma praia, de facto, não tenho, pelo que nada a pode ser.
Daaah!
E começar a falar de forma menos armante e mais realista, não?
Senão, como reacção à tendência, vou começar a importar expressões de outras línguas e começo a traduzi-las à letra - ainda deve dar para armar um bocado aos cucos, não?
E assim descanso a minha pasta!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Organização mental em tons de amarelo e azul!

Acho que qualquer pessoa que goste de organização e de potenciar espaços de forma ordeira, gosta de visitar o Ikea. Eu admito: sou uma fã incondicional! Até já estive para lhes escrever para eles mandarem uma equipa a nossa casa para fazerem um estudo e me ajudarem a potenciar os nossos espaços. Ou isso, ou deixo a chave nas mãos do meu Pai, dou-lhe carta branca para organizar como entender e quando chegar a casa não encontro metade das nossas coisas.; PMas adiante.
Por que motivo falei eu dos azuis e amarelos?
Porque no outro dia, estava a conversar com uma grande amiga minha sobre a nossa condição de mães, mulheres, profissionais, irmãs, filhas, amigas, etc., etc., etc. e a melhor analogia que encontrei foi o estilo organizacional Ikea: gavetas e interruptores.
Para que o tempo não seja desperdiçado e não haja amargos de pensamento, temos de pensar em nós como detentores de um grande interruptor que, para efeitos visuais práticos, colocarei no meio da barriga. Nele há várias fases do nosso ciclo de funcionamento: mãe, esposa, profissional, cozinheira, dona de casa, filha, irmã, neta, amiga, madrinha, afilhada, colega, companheira, mulher e afins – as categorias são pessoais e intransmissíveis, pelo que compete a cada um decidir quais os rótulos a usar. Assim, que rodamos o interruptor num sentido, temos de ser apenas e só o que ele indicar. E não podemos pensar em nenhuma outra fase. Por exemplo: se estamos a trabalhar, estamos mesmo a trabalhar e não a pensar que hoje apeteceria era estar na cama, a tomar um chocolate quentinho enquanto a chuva cai lá fora; se estamos a brincar com os nossos filhos, estamos mesmo a brincar com os nossos filhos e não a pensar no trabalho que ficou por fazer e nas chatices que aí vêm amanhã. Imaginem só se a vossa máquina de lavar a roupa, a meio da lavagem desatasse a preparar a centrifugação ou vice-versa; eu sei que estamos em época de saldos, mas coitadinhos dos trapinhos que lá estivessem dentro, não?
É tudo uma questão organizacional.
Claro que pratico este modelo diariamente, agora com mais sucesso do que outrora, mas ainda com algumas falhas a superar. Mas desde que ele entrou na minha vida (e mesmo quando eu me permito um dia mais caótico com sobreposições de fases – faz parte da condição humana) usufruo mais de cada momento e dou por mim a ter mais rendimento: os miúdos apreciam que estejamos de rastos com eles, sem pensar que a carpete vai deixar pêlos nas calças; e o trabalho flui melhor e rende mais, mesmo que agora só me dedique a ele 2 horas quando dantes tinha 4 – exactamente porque as 2 de agora são de exclusividade enquanto as 4 de outrora não seriam.
E quanto às gavetas? Essas uso para a parte emocional.
A família, obviamente, está acima de tudo e todos e nem sequer seria concebível que fosse de outra forma. Mas falo das outras emoções: o amigo que tem um problema; a amiga que não pareceu bem; a conversa estranha daqueles amigos que me pareceram algo agressivos um com o outro; a conversa sobre as coisas dos miúdos na escolinha; e todos os outros ‘pensares’ que nos invadem e, muitas vezes, ficam incompletos assaltando-nos em alturas de maior desprendimento mental, como o duche ou a espera na fila de trânsito. Todos esses pendentes, eu coloco em gavetas que organizo quanto à natureza. E lá volto a eles de quando em vez se acho que vale a pena ponderar mais ou pura e simplesmente quando necessito de rever algo. Este sistema também é bom para lições aprendidas e para temas que em nós suscitem algum tipo de ansiedade por antecipação.
Parece muito rígido?
Muito preso?
Pouco flexível?
Talvez sim, à primeira vista; mas na verdade, não é. Aliás, se fosse, eu não o conseguiria aplicar, dada a minha natureza ciclónica. É só uma questão de disciplina que eu senti necessidade de resolver aquando de uma mudança de vida e que tenho vindo a aprimorar, dado o seu sucesso.
Não quero com isto dizer que passo a vida a categorizar todos os momentos; nada disso! Também permito imenso espaço à espontaneidade e deixo margem para os imprevistos. Mas sinto-me confortável e mais em controlo por assim me conceber.
Pelo menos uma vantagem é partilhada pela vida pessoal, familiar e profissional: tenho poucos pendentes. Detenho os inevitáveis e que, por norma, não dependem só de mim. Mas sou uma pessoa com um bom sentido de encerramento – algo que sempre tive profissionalmente, mas que só há pouco tempo e só com a orientação de uma certa senhora especial, consigo transpor para o campo pessoal.Essa senhora de quem falo é que é perita em aplicar este modelo que descrevi há anos e sempre com um sorriso e muita, muita, muita calma para tudo e todos. Nem eu sei como ela consegue! Mas sabes, Mãe, só me falta mesmo trabalhar mais a calma. E, quem sabe, um dia chego ao teu nível – fica prometido.
Portanto, mesmo quando me achas acelerada, relaxa: parece sempre pior do que é. E olha que a essência até é a correcta!; )

domingo, 10 de janeiro de 2010

"A sério?!"


A maioria das pessoas tem ‘bengalas’ que as ajuda enquanto comunicam. Podem ser das mais variadas naturezas; mas as mais notórias são, obviamente, as linguísticas. Todos nós conhecemos alguém que repete uma palavra no decorrer do seu discurso: aquele “pois”, ou “pronto”, ou “não é”, ou “consequentemente” e demais advérbios, que se multiplicam quando uma determinada pessoa fala connosco.
Eu não sei bem se lhe posso chamar ‘bengala’ nessa acepção. Mas a verdade é que há uma expressão que me agrada bastante pela sua versatilidade.
Falo de “a sério”.
Consoante o contexto e a entoação, pode ter variados significados e leituras:
- pode ser uma reacção de surpresa genuína;
- pode ser uma expressão de saturação;
- pode reflectir ironia;
- pode reflectir assertividade;
- pode ser uma forma de acompanhar os enunciados de alguém;
- pode até ser um sinal de completa distância face ao interlocutor.
Mas, seja qual for o sentido, é uma expressão que não se esgota quando é enunciada. E é isso que me agrada nela: a forma como transcende as duas palavrinhas que a compõem para transmitir toda uma atitude.
A sério que é isso que penso!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Uma questão de T E M P O


Não sei de quem é o texto, mas recebi-o por mensagem de correio electrónico e achei-o digno de aqui ser transcrito.


“Desejo-te Tempo! Não te desejo um presente qualquer, Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.
Tempo, para te divertires e para sorrires;
Tempo para que os obstáculos sejam sempre superados E muitos sucessos comemorados.
Desejo-te tempo, para planeares e realizares,
Não só para ti mesmo, mas também para doá-lo aos outros.
Desejo-te tempo, não para teres pressa e correr,
Mas tempo para te encontrares a ti mesmo,
Desejo-te tempo, não só para passar ou para vê-lo no relógio,

Desejo-te tempo, para que fiques;

Tempo para te encantares e tempo para confiares em alguém.

Desejo-te tempo para tocares as estrelas,

E tempo para cresceres, para amadureceres.

Desejo-te tempo para aprenderes e acertares,

Tempo para recomeçares, se fracassares.

Desejo-te tempo também para poderes voltar atrás e perdoar.

Para teres novas esperanças e para amar. Não faz mais sentido protelar.

Desejo-te tempo para seres feliz.

Para viveres cada dia, cada hora como um presente.

Desejo-te tempo, tempo para a vida.

Desejo-te tempo.
Tempo. ..... Muito tempo!”


Digam lá se não dá que pensar!?!


Obrigada, Amiga querida, por me teres enviado este texto.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ser Mãe é ... (1)

... estar sempre preparada para passar vergonhas!
No outro dia, por motivos de cansaço, decidi ir buscar o almoço a um destes restaurantes que vende refeições prontas a comer em casa. Levei o meu filho mais velho comigo e perguntei-lhe se havia alguma coisa que lhe apetecesse. Pediu um prato pesado e que eu considerei menos próprio, pelo que lhe disse que escolhesse outra coisa, porque ele até já tinha provado o dito prato e nem tinha gostado. Reacção imediata: "Mamã, mas eu quero alargar os horizontes do meu palato!".
Escusado será dizer que fiquei estarrecida e sem saber o que responder. À minha volta, homens e mulheres sorriam e esperavam com relativa ansiedade as minhas palavras.
Só que ... eu estava em branco.
Palato?
Alargar horizontes?
Ainda há pouco tempo começaste a comer à mesa e largaste as fraldas e agora já deste em 'gourmet'?
O meu bebé está assim tão crescido?! Não pode ser!!!
"Olha, meu querido, então vais alargar o palato noutro sentido e vais provar outra coisa, está bem?" Confiante de que jamais lhe sugeriria outra coisa que não uma iguaria, anuiu.
Os nossos espectadores sorriram complacentes.
Um filho havia sujeito uma mãe a uma prova de fogo e ela tinha escapado mesmo no limite.
Escusado será dizer que não volto ao dito restaurante - nem para comer, nem para levar para casa.

[O (1) deve-se ao facto de uma mãe ter sempre imensas peripécias para contar! ]

2010 prepara-te!


Eis uma das minhas resoluções de Ano Novo: criar um blog. Um cantinho virtual onde possa, de quando em vez, desabafar.

Andava para fazer isto há meses, mas nunca tinha tempo.

Pois bem, decidi que 2010 seria o ano em que faria tempo para tudo o que nunca arranjava tempo antes.

Resta agora saber que o ano chegará para tantas inciativas!

Mas, se começar é que é dificil, eis que dou o primeiro passo. Portanto: Ano Novo, prepara-te!