quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Estou tão cansada!


Não há palavras para exprimir o quão estafada me sinto.
Dói-me a cabeça.
Dói-me as costas
Dói-me um braço.
… Dói-me a alma.
Sinto-me mesmo derreada!
Adorava poder deitar-me e dormir… eu sei lá… dois dias inteiros. Ou três!
Mas não pode ser. E do cansaço há que fazer força para aguentar mais um dia, mais uma semana, mais um mês.
O que vale é que, no meio da rotina atarefada e que nem tempo para um espirro não programado deixa, há episódios, momentos, instantes que nos aquecem o coração e dão alento para seguir em frente.
Mas que estou estafada, estou.
E sinto falta desses episódios, momentos e instantes, também.
Ou muito me engano ou isso também se nota aqui, pois não consigo transpor para este meu espaço aquilo que me vai na alma neste momento, tal como me havia proposto fazer.
Talvez o melhor seja não o fazer. Pelo menos não hoje.
É que estou mesmo esgotada!
O melhor será ir descansar os olhinhos um bocadinho – enquanto mo permitem! – para ver se amanhã tenho mais inspiração.
É isso!
Eu volto já!
Só vou ali … e …. já venho!... zzzzz

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Uma questão de areia!


Eu não quero ser purista, nem parecer limitada, mas está em cena uma expressão que é do meu profundo desagrado: "esta não é a tua praia" (também usada, por vezes, na versão afirmativa).
Mas que raio!
Tanta forma de dizer que algo não é do agrado de alguém, ou que se trata de uma situação que não vai de encontro ao gosto de uma pessoa ou na qual a dita pessoa não se sente confortável e tudo anda a optar pela questão da posse de areia.
Francamente!
...começo a achar que quem tem razão são os miúdos que fazem uso de frases e expressões muito mais caricatas quando experimentam o seu idioma e, mesmo assim, não soam tão idiotas como alguns adultos armados em espertos.
Pois bem, não é a minha praia, porque eu não tenho uma. Tenho muitas coisas, mas uma praia, de facto, não tenho, pelo que nada a pode ser.
Daaah!
E começar a falar de forma menos armante e mais realista, não?
Senão, como reacção à tendência, vou começar a importar expressões de outras línguas e começo a traduzi-las à letra - ainda deve dar para armar um bocado aos cucos, não?
E assim descanso a minha pasta!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Organização mental em tons de amarelo e azul!

Acho que qualquer pessoa que goste de organização e de potenciar espaços de forma ordeira, gosta de visitar o Ikea. Eu admito: sou uma fã incondicional! Até já estive para lhes escrever para eles mandarem uma equipa a nossa casa para fazerem um estudo e me ajudarem a potenciar os nossos espaços. Ou isso, ou deixo a chave nas mãos do meu Pai, dou-lhe carta branca para organizar como entender e quando chegar a casa não encontro metade das nossas coisas.; PMas adiante.
Por que motivo falei eu dos azuis e amarelos?
Porque no outro dia, estava a conversar com uma grande amiga minha sobre a nossa condição de mães, mulheres, profissionais, irmãs, filhas, amigas, etc., etc., etc. e a melhor analogia que encontrei foi o estilo organizacional Ikea: gavetas e interruptores.
Para que o tempo não seja desperdiçado e não haja amargos de pensamento, temos de pensar em nós como detentores de um grande interruptor que, para efeitos visuais práticos, colocarei no meio da barriga. Nele há várias fases do nosso ciclo de funcionamento: mãe, esposa, profissional, cozinheira, dona de casa, filha, irmã, neta, amiga, madrinha, afilhada, colega, companheira, mulher e afins – as categorias são pessoais e intransmissíveis, pelo que compete a cada um decidir quais os rótulos a usar. Assim, que rodamos o interruptor num sentido, temos de ser apenas e só o que ele indicar. E não podemos pensar em nenhuma outra fase. Por exemplo: se estamos a trabalhar, estamos mesmo a trabalhar e não a pensar que hoje apeteceria era estar na cama, a tomar um chocolate quentinho enquanto a chuva cai lá fora; se estamos a brincar com os nossos filhos, estamos mesmo a brincar com os nossos filhos e não a pensar no trabalho que ficou por fazer e nas chatices que aí vêm amanhã. Imaginem só se a vossa máquina de lavar a roupa, a meio da lavagem desatasse a preparar a centrifugação ou vice-versa; eu sei que estamos em época de saldos, mas coitadinhos dos trapinhos que lá estivessem dentro, não?
É tudo uma questão organizacional.
Claro que pratico este modelo diariamente, agora com mais sucesso do que outrora, mas ainda com algumas falhas a superar. Mas desde que ele entrou na minha vida (e mesmo quando eu me permito um dia mais caótico com sobreposições de fases – faz parte da condição humana) usufruo mais de cada momento e dou por mim a ter mais rendimento: os miúdos apreciam que estejamos de rastos com eles, sem pensar que a carpete vai deixar pêlos nas calças; e o trabalho flui melhor e rende mais, mesmo que agora só me dedique a ele 2 horas quando dantes tinha 4 – exactamente porque as 2 de agora são de exclusividade enquanto as 4 de outrora não seriam.
E quanto às gavetas? Essas uso para a parte emocional.
A família, obviamente, está acima de tudo e todos e nem sequer seria concebível que fosse de outra forma. Mas falo das outras emoções: o amigo que tem um problema; a amiga que não pareceu bem; a conversa estranha daqueles amigos que me pareceram algo agressivos um com o outro; a conversa sobre as coisas dos miúdos na escolinha; e todos os outros ‘pensares’ que nos invadem e, muitas vezes, ficam incompletos assaltando-nos em alturas de maior desprendimento mental, como o duche ou a espera na fila de trânsito. Todos esses pendentes, eu coloco em gavetas que organizo quanto à natureza. E lá volto a eles de quando em vez se acho que vale a pena ponderar mais ou pura e simplesmente quando necessito de rever algo. Este sistema também é bom para lições aprendidas e para temas que em nós suscitem algum tipo de ansiedade por antecipação.
Parece muito rígido?
Muito preso?
Pouco flexível?
Talvez sim, à primeira vista; mas na verdade, não é. Aliás, se fosse, eu não o conseguiria aplicar, dada a minha natureza ciclónica. É só uma questão de disciplina que eu senti necessidade de resolver aquando de uma mudança de vida e que tenho vindo a aprimorar, dado o seu sucesso.
Não quero com isto dizer que passo a vida a categorizar todos os momentos; nada disso! Também permito imenso espaço à espontaneidade e deixo margem para os imprevistos. Mas sinto-me confortável e mais em controlo por assim me conceber.
Pelo menos uma vantagem é partilhada pela vida pessoal, familiar e profissional: tenho poucos pendentes. Detenho os inevitáveis e que, por norma, não dependem só de mim. Mas sou uma pessoa com um bom sentido de encerramento – algo que sempre tive profissionalmente, mas que só há pouco tempo e só com a orientação de uma certa senhora especial, consigo transpor para o campo pessoal.Essa senhora de quem falo é que é perita em aplicar este modelo que descrevi há anos e sempre com um sorriso e muita, muita, muita calma para tudo e todos. Nem eu sei como ela consegue! Mas sabes, Mãe, só me falta mesmo trabalhar mais a calma. E, quem sabe, um dia chego ao teu nível – fica prometido.
Portanto, mesmo quando me achas acelerada, relaxa: parece sempre pior do que é. E olha que a essência até é a correcta!; )

domingo, 10 de janeiro de 2010

"A sério?!"


A maioria das pessoas tem ‘bengalas’ que as ajuda enquanto comunicam. Podem ser das mais variadas naturezas; mas as mais notórias são, obviamente, as linguísticas. Todos nós conhecemos alguém que repete uma palavra no decorrer do seu discurso: aquele “pois”, ou “pronto”, ou “não é”, ou “consequentemente” e demais advérbios, que se multiplicam quando uma determinada pessoa fala connosco.
Eu não sei bem se lhe posso chamar ‘bengala’ nessa acepção. Mas a verdade é que há uma expressão que me agrada bastante pela sua versatilidade.
Falo de “a sério”.
Consoante o contexto e a entoação, pode ter variados significados e leituras:
- pode ser uma reacção de surpresa genuína;
- pode ser uma expressão de saturação;
- pode reflectir ironia;
- pode reflectir assertividade;
- pode ser uma forma de acompanhar os enunciados de alguém;
- pode até ser um sinal de completa distância face ao interlocutor.
Mas, seja qual for o sentido, é uma expressão que não se esgota quando é enunciada. E é isso que me agrada nela: a forma como transcende as duas palavrinhas que a compõem para transmitir toda uma atitude.
A sério que é isso que penso!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Uma questão de T E M P O


Não sei de quem é o texto, mas recebi-o por mensagem de correio electrónico e achei-o digno de aqui ser transcrito.


“Desejo-te Tempo! Não te desejo um presente qualquer, Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.
Tempo, para te divertires e para sorrires;
Tempo para que os obstáculos sejam sempre superados E muitos sucessos comemorados.
Desejo-te tempo, para planeares e realizares,
Não só para ti mesmo, mas também para doá-lo aos outros.
Desejo-te tempo, não para teres pressa e correr,
Mas tempo para te encontrares a ti mesmo,
Desejo-te tempo, não só para passar ou para vê-lo no relógio,

Desejo-te tempo, para que fiques;

Tempo para te encantares e tempo para confiares em alguém.

Desejo-te tempo para tocares as estrelas,

E tempo para cresceres, para amadureceres.

Desejo-te tempo para aprenderes e acertares,

Tempo para recomeçares, se fracassares.

Desejo-te tempo também para poderes voltar atrás e perdoar.

Para teres novas esperanças e para amar. Não faz mais sentido protelar.

Desejo-te tempo para seres feliz.

Para viveres cada dia, cada hora como um presente.

Desejo-te tempo, tempo para a vida.

Desejo-te tempo.
Tempo. ..... Muito tempo!”


Digam lá se não dá que pensar!?!


Obrigada, Amiga querida, por me teres enviado este texto.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ser Mãe é ... (1)

... estar sempre preparada para passar vergonhas!
No outro dia, por motivos de cansaço, decidi ir buscar o almoço a um destes restaurantes que vende refeições prontas a comer em casa. Levei o meu filho mais velho comigo e perguntei-lhe se havia alguma coisa que lhe apetecesse. Pediu um prato pesado e que eu considerei menos próprio, pelo que lhe disse que escolhesse outra coisa, porque ele até já tinha provado o dito prato e nem tinha gostado. Reacção imediata: "Mamã, mas eu quero alargar os horizontes do meu palato!".
Escusado será dizer que fiquei estarrecida e sem saber o que responder. À minha volta, homens e mulheres sorriam e esperavam com relativa ansiedade as minhas palavras.
Só que ... eu estava em branco.
Palato?
Alargar horizontes?
Ainda há pouco tempo começaste a comer à mesa e largaste as fraldas e agora já deste em 'gourmet'?
O meu bebé está assim tão crescido?! Não pode ser!!!
"Olha, meu querido, então vais alargar o palato noutro sentido e vais provar outra coisa, está bem?" Confiante de que jamais lhe sugeriria outra coisa que não uma iguaria, anuiu.
Os nossos espectadores sorriram complacentes.
Um filho havia sujeito uma mãe a uma prova de fogo e ela tinha escapado mesmo no limite.
Escusado será dizer que não volto ao dito restaurante - nem para comer, nem para levar para casa.

[O (1) deve-se ao facto de uma mãe ter sempre imensas peripécias para contar! ]

2010 prepara-te!


Eis uma das minhas resoluções de Ano Novo: criar um blog. Um cantinho virtual onde possa, de quando em vez, desabafar.

Andava para fazer isto há meses, mas nunca tinha tempo.

Pois bem, decidi que 2010 seria o ano em que faria tempo para tudo o que nunca arranjava tempo antes.

Resta agora saber que o ano chegará para tantas inciativas!

Mas, se começar é que é dificil, eis que dou o primeiro passo. Portanto: Ano Novo, prepara-te!