
... menos eu!
Muito!
Mais do que eu mesma esperava!
Sim, porque no mundo real ... já todos sabem.
E tu também, certo?
... mas não a trocava por nada deste Mundo!
Uma rede social permitiu-me o reencontro com alguém que conheci aos 7 anos e com quem convivi de perto até cerca dos 13/14. Depois, a vida encarregou-se de começar a complicar-se e acabamos por não ter um contacto tão frequente como outrora. No entanto, no meu imaginário, tratava-se de alguém que me merecia carinho e admiração e que rotulei de ‘fadado para ser bem sucedido’.
Quis, então, o nosso percurso profissional que as nossas agendas se conjugassem finalmente e eis que descobrimos contactos em comum e uma proximidade engraçada que nos leva a questionar como é que ainda não nos tínhamos cruzado antes.
Que bom foi o reencontro!
E que bom foi confirmar que o meu rótulo estava certo.
É como te disse, João: esta nossa Invicta metrópole é mesmo uma aldeia; mas eu não a troco!
; )
Já sou a irmã mais velha de alguém há 30 anos!
E não é de um qualquer alguém: é de uma mulher maravilhosa, ainda que crítica; doce, ainda que analítica; excelente filha (admitam-no, Pai&Mãe!), paciente neta, santa Tia e fabulosa cunhada.
Isto sem entrar no domínio profissional onde os elogios ainda mais seriam!
Sim, é verdade: há 30 anos saí para comprar pão e quando cheguei a casa foi-me dito que a Mamã tinha de ir ao Hospital.
Lembro-me de ter sido castigada por não ter cumprido com o que me tinha sido dito por causa do telefone, de adorar o berço onde estava o bebé no hospital e de ter tentado oferecer a fruta que mais me agradava ao mesmo bebé quando ele chegou a casa.
Mas do que mais me lembro é de que aquele ser pequenino foi o ‘meu’ primeiro bebé e que desde que ele chegou a casa a minha vida mudou.
Bom, 30 anos passados, sei que já desiludi muito (e ainda o vou fazer mais vezes!) a minha Mana, mas gostava de me concentrar nos aspectos bons e dizer que:
Mana, apesar de não ter havido a adopção de que falavas em pequenina, gosto MESMO MUITO DE TI!
Um beijo de uma irmã babada e fã número 1!
http://www.youtube.com/watch?v=vlELGeAMT
São 4 minutos.
Apenas 4 minutos.
E fazem grandes mudanças, se os soubermos ver bem.
Sempre ouvi dizer que com o mal dos outros podemos nós bem. Mas há quem tenha mais direito a dizer algo desse género e escolha não o fazer.
As escolhas são assim mesmo: uma opção que devemos fazer de forma ponderada porque vai determinar tudo.
Algo se parte: posso escolher reagir mal e disparatar ou reagir bem e dizer que foi um acidente. Há que escolher um caminho: o dia um dia amargurado ou o dia de um dia normal.
Por isso, numa fase de alterações internas, escolho partilhar este vídeo com todos - acho mesmo que vale a pena!
; )
Isto de ter um blog acarreta algumas responsabilidades. Por isso mesmo, hoje decidi que a minha entrada seria um pouco mais …’científica’.
Assim, escolho falar-vos de uma espécie rara, mas especial que merece toda a minha admiração: o HOMO JORJUS.
Trata-se de uma espécie originária da zona Norte do País do Concelho berço da nossa nação.
A espécie está em constante desenvolvimento e tem apresentado mostras evidentes de crescimento.
Nos seus primórdios, detinha uma cega fé na raça humana, ao ponto de dar gorjeta aos arrumadores e aguardar que eles trouxessem troco. Mas estávamos na época do escudo, pelo que já lá vão muitos anos – físicos e psicológicos.
Neste momento, deu-se um óbvio crescimento psicossocial, ao ponto de haver uma maior abertura mental e cultural que soma experiências em bares e eventos frequentados por indivíduos com tipos de vida alternativos – nos quais, se diga há uma perfeita integração, exactamente pelo já referido salto evolutivo. A bandeira com o arco-íris deixou de assustar e passou a ser sinónimo de contactos originais.
Profissionalmente, esse aperfeiçoamento também se nota, pela forma semi-maquiavélica como consegue controlar tudo e todos, sem que os outros se apercebam. O truque está em ser indispensável e dar às pessoas aquilo que elas querem – mesmo que elas ainda não saibam que o querem. Este facto evidencia que se trata de uma espécie bastante desenvolvida em termos mentais – ainda mais do que ela própria saberia.
Com o passar dos anos, e como em todas as raças, a necessidade de perpetuar a espécie falou bem alto e o Homo Jorjus entregou-se, de corpo e alma, à sua descendência. Pai dedicado e empenhado, faz todo o tipo de sacrifícios pelas suas crias e sempre com um sorriso nos lábios – mesmo que isso implique ter de recorrer a contactos na Tailândia ou terras afins. O cansaço de tal dedicação, por vezes, leva a atitudes irreflectidas (como ir buscar uma cria à escola, sair com ela e depois ir colocá-la na dita instituição de novo para voltar a ir buscá-la de seguida), mas esse desligar cognitivo está intimamente ligado às noites menos bem dormidas.
Há pouco tempo, foi promovido um convívio onde o Homo Jorjus esqueceu que a idade também pesa nas espécies especiais e para que o conteúdo de copo algum fosse desperdiçado, houve uma ingestão em demasia de um certo néctar, cuja consequência pesada passou pelo cancelar de um churrasco. Mas só porque o fígado estragou o serão, não significa que não virão mais eventos agradáveis.
Uma curiosidade desta espécie é que apesar de apenas ter tomado conhecimento dela há pouco tempo, não deu para evitar que ela entrasse na vida da nossa família pelo tapete vermelho. É que pessoas boas há poucas e quando as vemos não devemos desperdiçar a oportunidade de as ter na nossa vida – ainda para mais quando se trata de uma espécie especial ao ponto de merecer um artigo em sua honra.
A rotina desenrolava-se com a devida normalidade.
Até que, por volta da uma hora da manhã, tudo muda.
Um estrondo, um carro a acelerar, uma luz anormal a entrar pela janela.
Tinham acabado de pegar fogo a um carro à porta de nossa casa.
A primeira reacção foi ligar para o 112 – que já sabia da ocorrência.
Seguiu-se a preocupação com os vizinhos e a consequente maçada de lhes tocar à campainha para que eles pudessem ir salvar os veículos deles antes que o fogo os alcançasse.
Entretanto chegam os bombeiros e a polícia e, com o à-vontade de quem passou pelo mesmo na noite anterior, procedem às devidas iniciativas, no sentido de minimizar estragos.
Estoiram os pneus. Parecem tiros.
Um dos carros do lado, cujo vizinho não ouviu o aparato das sirenes, já não tem hipótese e sucumbe ao fogo.
Em pouco tempo tudo fica controlado: os carros são quase todos salvos, outros sofrem danos ligeiros, o fogo é apagado.
Perante o olhar atento dos moradores, a situação é confinada.
Perante o olhar estarrecido dos moradores, nunca mais nada seria o mesmo.
As histórias que se ouvem resultam do susto e dos inúmeros episódios do CSI que todos vêem de quando em vez na televisão: vingança direccionada a alguém, tentativa de esconder alguma coisa, etc, etc, etc.
A verdade é que a Polícia descobriu que tanto este incidente como o anterior resultaram de roubos realizados noutra zona do País. Os resultados desses roubos vieram ser depositados na Maia e o fogo foi a metodologia escolhida para total destruição de eventuais vestígios.
O dia seguinte amanhece. O dono do carro que nada tinha a ver com a situação, mas que o fogo não poupou, sai para ir trabalhar. E quando chega perto do carro que o riria levar deste ponto C(asa) para o ponto T(rabalho), vê um negro e triste espectáculo de cinzas que se sobrepõem.
Já se passaram alguns dias mas os veículos calcinados continuam disponíveis para serem alvos de romaria e fotografias de quem viu a notícia e vem confirmar o que aconteceu.
Os comentários não fogem à regra do ‘dantesco’, ‘que horror’, ‘deve ter sido um susto’. Mas quem viveu in loco a fatídica noite sabe que essas palavras não chegam para descrever o sobressalto: o sossego interrompido, a necessidade de união para ajudar terceiros, a incerteza do combustível que o carro teria e que faria a diferença entre tudo ter acontecido como aconteceu ou ter havia explosões mais fortes … Enfim! Quem estava nesta nossa rua não consegue esquecer os barulhos, os cheiros e o espectáculo visual negro que testemunhou ao vivo e a cores.
Não creio que o sossego volte a esta vizinhança.
De cada vez que, à noite, se ouve um barulho mais incomum ou há um movimento anormal de carros, todos correm à janela.
Os carros deixaram de ser deixados na rua.
As portas e os portões de acesso aos edifícios estão sempre vigiados e fechados.
A segurança deixou de ser algo espectável e passou a ser um esforço conjunto.
Tudo porque algures, alguém decidiu violar a nossa paz.